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Mapeamento do fluxo de valor: os segredos do método

Mapeamento do fluxo de valor: os segredos do método

Por Maxime Perotti

Em 28 de abril de 2025

Você já ouviu falar em Mapeamento do Fluxo de Valor? Você sabe o que ele significa?

É um método de visualização gráfica que surgiu na década de 1980 nas fábricas da Toyota. Seu objetivo? Otimizar o desempenho reduzindo o desperdício nos processos de produção.

Inicialmente usado em um contexto industrial, o VSM pode ser aplicado a um grande número de atividades muito diferentes (Importação-Exportação, Varejo etc.).

Vamos ver juntos o que ele é, qual é sua conexão com a manufatura enxuta e a abordagem DevOps e como criar uma estratégia para sua implementação.

O que é o mapeamento do fluxo de valor?

Definição

O Value Stream Mapping (VSM), literalmente Mapeamento do Fluxo de Valor, é uma ferramenta que permite visualizar todo o processo ao longo da cadeia de valor, desde o momento em que um artigo é encomendado até sua entrega ao cliente.

O objetivo não é a melhoria de um único processo, mas sim uma otimização global e contínua ao longo do tempo, capaz de aumentar a eficiência organizacional.

Links com as práticas de manufatura enxuta e DevOps

A manufatura enxuta, literalmente "produção enxuta" em italiano, é um método usado no setor para eliminar o desperdício e aumentar os lucros.

O mapeamento do fluxo de valor é uma das técnicas mais importantes da manufatura enxuta.

O VSM também é muito importante na abordagem DevOps, uma prática em que um dos principais objetivos é acelerar o tempo de liberação do software. Por esse motivo, um mapa que explicita o fluxo de valor permite reconhecer oportunidades de melhoria mais cedo, de modo que o processo pode ser consideravelmente acelerado.

Como desenvolver uma estratégia de VSM

VSM em 5 etapas

A estratégia de VSM pode ser implementada em 5 etapas.

Para implementá-las perfeitamente, talvez você deva considerar a contratação de um Value Stream Manager competente e responsável pelo gerenciamento de mudanças.

Etapa 1: escolher o produto

Primeiro, você deve identificar o produto (ou uma família de produtos) para o qual deseja analisar e visualizar o processo graficamente.

Essa escolha depende principalmente do tamanho de sua empresa: para uma empresa pequena, analisar todos os produtos ao mesmo tempo pode ser a escolha certa; no caso de empresas mais estruturadas, por outro lado, é muito mais prático dividir os fluxos de valor da empresa e realizar análises diferenciadas. Nesse último caso, geralmente se começa realizando a análise VSM para os produtos mais importantes e só depois se avalia os outros fluxos de valor.

Etapa 2: Realização do mapa do estado atual

O mapa do estado atual fornece um instantâneo do estado atual do produto no fluxo de valor. É durante essa fase que as ineficiências podem ser identificadas com mais facilidade e as ações a serem tomadas para melhorias no processo ( "kaizen") podem ser avaliadas.

Para projetá-lo, o fluxo de materiais e o fluxo de informações devem ser analisados:

  • Fluxo de materiais: determina quais são as principais etapas de produção na fábrica, o tempo, o número de recursos dedicados e a quantidade de estoque ao longo do processo.
  • Fluxo de informações: determina quais previsões e pedidos são fornecidos por clientes e fornecedores. O tempo necessário para processar essas informações é determinado.

Etapa 3: Implementação do mapa do estado futuro

O Mapa do Estado Futuro identifica a meta a ser atingida, ou seja, como o produto é imaginado no futuro dentro do fluxo de valor.

O VSM prevê um lead-time extremamente reduzido (o tempo que a peça leva para passar pela fábrica), de modo que o processo de produção só é iniciado quando chega uma solicitação do cliente (produção just-in-time).

Etapa 4: Elaborar um roteiro para reduzir o desperdício

Nesta etapa, é elaborado um plano a ser implementado com todas as ações a serem executadas em uma ordem precisa e com um cronograma bem definido.

Primeiro, é elaborada uma lista exaustiva de todas as tarefas a serem realizadas para concretizar as melhorias. Em seguida, as prioridades são definidas em uma ordem lógica. O plano deve incluir estimativas de tempo, estimativas de custo e as pessoas responsáveis por cada tarefa.

O Plano Mestre Lean está pronto! Tudo o que resta é implementá-lo.

Etapa 5: Agir

O plano é executado a curto e médio prazo. O prazo para a implementação do Plano Diretor Lean depende essencialmente do tamanho da empresa: pode levar alguns meses para PMEs, mas pode levar alguns anos para empresas mais estruturadas.

É importante monitorar os resultados obtidos (por meio de KPIs) regularmente: em caso de imprevistos, as correções podem ser feitas na hora, até mesmo ajustando o status futuro.

As ferramentas certas

Realizar o mapeamento do fluxo de valor em uma folha de papel é agora uma prática decididamente ultrapassada. Atualmente, existem várias soluções de software que permitem a realização de VSMs de qualidade em um curto espaço de tempo.

O eVSM permite que um grande número de KPIs seja exibido graficamente e oferece funcionalidades diferenciadas, dependendo do setor em questão.

O Smartdraw fornece ao usuário mais de 70 mapas e é rico em ferramentas gráficas para desenhar qualquer processo de negócios.

Por fim, o Creately é um software usado mundialmente por mais de 4 milhões de usuários e oferece uma experiência de usuário de alto nível.

Um processo de aprimoramento contínuo

Para que o mapeamento do fluxo de valor funcione da melhor forma possível, ele deve se tornar parte integrante da estratégia corporativa: portanto, é essencial que o processo de aprimoramento seja contínuo.

E você, o que acha do Mapeamento do Fluxo de Valor? Já o experimentou em sua empresa? Deixe-nos saber comentando abaixo!

Artigo traduzido do italiano