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Design Thinking: qual é o ponto de encontro entre método e inovação?

Design Thinking: qual é o ponto de encontro entre método e inovação?

Por Virginia Fabris

Em 2 de maio de 2025

Encontrar soluções para problemas é sempre muito complexo, especialmente quando muitas necessidades diferentes precisam ser atendidas. No mundo dos negócios, assim como na vida real, a solução de problemas é uma área complicada. Como lidar com ela de forma competente?

Neste artigo, propomos uma abordagem eficaz do Scrum: o Design Thinking. Ela permitirá que você proceda de forma metódica e criativa para encontrar soluções inovadoras para problemas complexos e para lançar rapidamente soluções eficazes adaptadas ao seu cliente ideal. O que está esperando? Continue lendo!

O que é Design Thinking?

O que significa o termo design thinking?

O Design Thinking é uma metodologia de gerenciamento ou um modelo de design para a solução criativa de problemas. É um processo estratégico, cognitivo e prático para o desenvolvimento de produtos, serviços e modelos de negócios.

O Design Thinking oferece abordagens alternativas que visam à inovação e ao aprimoramento de produtos, serviços e à eficiência dos processos internos. Nesse tipo de modelo, um foco especial é reservado às Pessoas, que, com suas necessidades e exigências, são colocadas no centro de todo o processo de gerenciamento.

Origem

O método Design Thinking encontra sua inspiração na maneira como os designers e arquitetos trabalham. Esses últimos, de fato, sempre trabalham sem perder de vista seu objetivo e a viabilidade de seu trabalho.

Em 1969, o ganhador do Prêmio Nobel Herbert Simon delineou um dos primeiros modelos formais do processo de Design Thinking em seu texto sobre métodos de design "The Sciences of the Artificial".

O método foi desenvolvido e disseminado em 1991 pelo professor da Universidade de Stanford, Larry Leifer, pelo treinador de Design Thinking , David Kelley, e pelo cientista da computação Terry Winograd.

Desde 2007, o Hasso Plattner Institute promove a pesquisa e a implementação do Design Thinking na School of Design Thinking.

Áreas de aplicação

O Design Thinking é universalmente aplicável: sua abordagem é flexível, criativa e, ao mesmo tempo, metódica. Isso torna o Design Thinking uma solução eficaz para uma grande variedade de problemas. Além disso, ele é aplicável à implementação de produtos físicos e digitais, serviços e modelos de negócios.

Como fazer o Design Thinking?

O modelo de Herbert Simon teve grande influência na concepção dos modelos de processo de Design Thinking usados atualmente.

Há muitas variantes do processo de Design Thinking. De fato, ele pode ser organizado dividindo-o em três a cinco fases. Entretanto, todas são sempre baseadas nos mesmos princípios definidos por Simon em 1969.

Quais são as fases do design thinking?

Vamos examinar juntos as cinco fases que moldam o processo de Design Thinking.

0. Compreensão

Há uma fase introdutória, que é um bom ponto de partida para um modelo eficaz de Design Thinking. Essa é a fase de compreensão

A compreensão é a fase preliminar, que dá início ao processo de planejamento. Durante esse momento inicial, a equipe multidisciplinar se envolve no aprendizado autônomo do tópico. Portanto, ela deve pesquisar e obter informações de especialistas da área.

O objetivo é garantir um conhecimento profundo do tópico sobre o qual o modelo de Design Thinking será desenvolvido. Isso estabelecerá a base para a criação de um processo válido e eficaz.

Em seguida, a equipe deve se dedicar a explorar o público-alvo ideal. Portanto, ela deve tentar se aproximar dos clientes identificados como ideais observando-os, explorando suas inclinações, personalidade e prioridades.

Para isso, é útil estabelecer uma conversa com eles para entender o que pensam, sentem, perguntam, fazem e dizem. Obter uma compreensão mais profunda do público-alvo ideal é fundamental para o andamento adequado do seu projeto de Design Thinking, inclusive porque já permite identificar quaisquer problemas.

1. Empatia

A primeira fase real do processo do modelo é a de percepção e empatia. Nela, os membros da equipe são transformados em indivíduos realmente receptivos. Esse é o momento, de fato, em que eles entram em ação: nesse sentido, a equipe começa a realizar uma investigação minuciosa do alvo ideal.

Agora, de fato, a equipe deve se dedicar a observar e conversar com os clientes. Eles devem ser expostos ao projeto da empresa, fazer perguntas e participar da discussão dos pontos transversais. As fases de compreensão e observação do Design Thinking permitem que as equipes criem um senso de empatia com os clientes.

É fundamental obter uma compreensão profunda das necessidades e prioridades do cliente. Suas inclinações e predisposições individuais também são importantes e devem ser levadas em conta nessa perspectiva. É preferível levar o cliente a formular e expressar maneiras de abordar o problema a ser resolvido e explicar quais soluções comerciais podem ser eficazes.

2. Definir

A segunda fase do Design Thinking é a consequência direta das etapas anteriores. O que precisa ser definido nesse momento é o ponto de vista, ou seja, a perspectiva a partir da qual o modelo precisa ser desenvolvido de forma a responder efetivamente às necessidades do alvo identificado. Em resumo, essa é a fase de desenvolvimento do conceito "How can we...?" (Como podemos...?).

Nesse ponto, é necessário concretizar o conhecimento adquirido nos primeiros estágios. Isso significa que o público-alvo deve ser explicitamente definido: quem são as pessoas afetadas pelos problemas e quais são suas necessidades?

Para isso, é útil criar o perfil de uma Persona, ou seja, a imagem do cliente ideal. Será essa Persona que você terá de ter em mente nas próximas etapas.

3. Idealizar (encontrar ideias)

Encontrar ideias é uma parte fundamental do processo de Design Thinking. Na verdade, o conjunto de informações obtidas nas etapas anteriores deve agora ser conceitualizado. Isso significa que o conhecimento recém-adquirido deve ser usado para formular ideias.

Esse é o momento de dar asas à criatividade e à imaginação. Não há excessos nesta etapa: a ousadia é permitida, pois até mesmo as ideias mais ousadas são bem-vindas e nenhuma ideia é descartada. Na verdade, será essa abordagem visionária que permitirá que você formule soluções engenhosas!

É aconselhável, no entanto, concentrar-se na formulação de ideias econômicas, viáveis e eficazes. Soluções muito complexas não são adequadas para o desenvolvimento de um projeto de Design Thinking.

Depois que as ideias forem encontradas, elas precisam ser coletadas, discutidas e priorizadas.

4. Protótipo (desenvolvimento de um protótipo)

A quarta etapa do modelo diz respeito ao desenvolvimento de um protótipo a partir da ideia escolhida.

A criação de protótipos é uma parte relativamente curta do processo de planejamento. Um protótipo pode ser um desenho, uma demonstração ou uma caixa de papelão. Ele é desenvolvido com o objetivo de traduzir as intenções teóricas da equipe em realidade muito rapidamente.

Durante a fase de criação do protótipo, é importante ter em mente os seguintes princípios:

  • Viabilidade: um protótipo deve ser de fato realizável;
  • Velocidade: o mínimo de tempo e esforço possível deve ser investido em seu desenvolvimento;
  • Simplicidade: um protótipo deve ser uma versão básica, acessível e imediata.

O objetivo do protótipo é dar ao usuário a oportunidade de experimentar sua ideia e permitir que ele forneça feedback sobre ela.

5. Teste

A última etapa do processo é a equipe configurar um sistema de testes. Há várias maneiras de acessar o feedback do cliente. A mais imediata delas é o uso de um questionário a ser respondido por pelo menos cinco usuários diferentes. Independentemente do modo escolhido, é importante que os usuários possam fornecer feedback.

O feedback, por meio do sistema de testes, de fato garante que o produto final seja funcional para seus clientes. As informações obtidas permitem que você identifique o que funciona e o que não funciona em seu protótipo. É por isso que esse momento iterativo permite que você faça alterações no protótipo e o desenvolva de forma consistente com o feedback recebido.

Com isso em mente, você também deve ser capaz de aceitar o possível fracasso de um protótipo!

Independentemente do sucesso do protótipo no teste, ainda é um sinal positivo o fato de os clientes fazerem perguntas e se envolverem ativamente no fornecimento de feedback. Isso não só mostra o grau de interesse deles, mas também pode lhe dar a oportunidade de acumular mais informações importantes sobre o seu grupo-alvo ideal.

O processo de teste deve ser repetido em ciclos iterativos até que o protótipo gere feedback positivo de um número suficientemente grande de usuários.

Se o protótipo for bem-sucedido, a solução poderá ser implementada. Para o desenvolvimento de produtos, faz sentido usar o método Scrum e trabalhar em sprints de design.

Design Thinking: um modelo para criar inovação

O Design Thinking não é apenas um método, mas uma mentalidade. Ele fornece uma estrutura para encontrar soluções concretas para os problemas, sempre colocando o usuário no centro. Ao mesmo tempo, o Design Thinking dá espaço para a inventividade, pois exige uma abordagem criativa.

O ponto central para criar uma boa solução de Design Thinking é entender o problema real em todas as suas facetas, questionar constantemente as soluções encontradas para lidar com ele e nunca perder de vista o usuário e suas necessidades como o objetivo final de todo o processo. Durante o processo, você também deve ser capaz de descartar ideias irrelevantes e estar disposto a começar do zero.

Você está pronto para tornar o Design Thinking parte de sua rotina diária de trabalho? Se ele já faz parte do seu conceito de negócios, não hesite em compartilhar suas experiências conosco nos comentários!

Artigo traduzido do italiano